A Europa e o mundo estão expostos às ameaças do terrorismo, como se viu nos recentes atentados de 22 e 23 de março, nos arredores de Moscovo. As ameaças de grupos afiliados no DAESH e na Al Qaeda já fizeram acionar os alarmes — motivo que levou França a implementar largas medidas de segurança relacionadas com a próxima edição dos Jogos Olímpicos, na capital francesa, que terá início já no próximo mês de julho.
Este é, pois, um tema da maior atualidade, que será debatido num seminário organizado pelo Observatório do Mundo Islâmico, pela Universidade Autónoma de Lisboa e pelo OBSERVARE (Observatório de Relações Exteriores). Com o mote “Os recentes atentados na Europa e as novas ameaças do terrorismo global”, o seminário terá lugar no dia 17 de junho, segunda-feira, no Auditório 1 da Universidade Autónoma de Lisboa, estando já disponível a inscrição.
O painel de convidados contará com a presença de Luís Tomé, Professor Catedrático da Universidade Autónoma de Lisboa e diretor do Departamento de Relações Internacionais e da sua unidade de investigação OBSERVARE (Observatório de Relações Exteriores). Além do também investigador integrado no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa (IPRI-NOVA), a investigadora Paula Pereira, também do OBSERVARE, fará uma apresentação.
Do painel de intervenções, fará ainda parte João Henriques, vice-Presidente do Observatório do Mundo Islâmico e Investigador Associado no OBSERVARE. A moderação ficará a cargo de Rui Cardoso, jornalista e comentador habitual da SIC Notícias para a área da política internacional.
O evento contará, por fim, com o testemunho de dois membros da Comunidade Islâmica de Lisboa Jovem.
O regresso das organizações terroristas
As ameaças do terrorismo na Europa e no mundo são persistentes e múltiplas. São já vários os países que enfrentam o risco de atentados, e as respostas encontradas estão ainda longe de debelar este flagelo.
Após um período de aparente inação, as principais organizações do terrorismo jihadista regressaram a uma intensa atividade, tanto no plano regional como no transnacional, com destaque para o autoproclamado Estado Islâmico (ou DAESH, do acrónimo árabe de Dawlah al-Islamiyah fil Iraq wa ash-Sham). São disso exemplo os últimos atentados, em particular no Médio Oriente, no Afeganistão e em várias zonas de África, como resultado da sua significativa adaptação aos contextos mais adversos impostos pelas forças antiterroristas.
É precisamente a partir do território afegão, porto seguro para a conceção e preparação das suas atividades terroristas, que um grupo seu afiliado — o ISKP (Islamic State Khorasan Province) —, formado em 2015, passou agora a expandir as suas ações terroristas ao Ocidente.
Todos estes tópicos estarão em debate neste seminário que promete abordar, de forma ampla e atual, o complexo fenómeno do terrorismo.